No mês da mulher, marcado por inúmeros casos de violação de seus direitos, sonho com um novo tempo em que a paz seja rotina, o respeito ao ser humano seja o normal.
Não há nação civilizada se há uma selvageria institucionalizada, se o medo instalou-se em nosso meio e vivemos impotentes diante das injustiças.
A cada dia vemos mulheres sendo desrespeitadas, agredidas e destruidas.
Em muitos há uma tentativa de culpabilizar a mulher pela agressão: pela roupa que usa, pelo horário que está na rua, por ter conversado com outro homem que não o seu "dono", são alegações que revelam a forma inferiorizada como a mulher é vista na sociedade.
Apesar das leis que punem os casos de agressão, é preciso uma conscientização de todos para formação de uma nova mentalidade que perceba a mulher como um ser autonômo, capaz, quebrando essa visão de que o homem é superior e deve dominá-la. Cada um de nós precisa compreender que ser diferente não é ser desigual e por isso não cabe dominação.
A cultura instalada precisa evoluir, precisamos sair da mentalidade dominante até o século passado e construirmos um novo tempo mais justo, mais favorável à vida. Homens e mulheres não precisam estar em degraus diferentes na caminhada da vida. A humanidade necessita urgentemente caminhar solidariamente para evoluir, mostrar que pode ser melhor, não destruindo sua própria espécie!
Sueli Dias
sexta-feira, 31 de março de 2017
MEDOS E SONHOS DAS MULHERES
Grupo Se Toque atendeu
450 mulheres e mapeou medos e sonhos das itabunenses no 08 de Março
Encerrando a programação de atividades em homenagem ao mês
da mulher, o Grupo Se Toque realizou uma Ação Social na manhã do dia 08 de
março, na Praça Olinto Leoni, no centro de Itabuna. Foram oferecidos serviços
de orientação em saúde, através de uma equipe multidisciplinar, aos quais 450
mulheres receberam atendimentos. Além do serviço oferecido ao público foi
realizada uma enquete com as mulheres para identificar, no contexto atual, dois
grandes sentimentos: seus medos e seus sonhos.
De acordo com Sueli Dias, coordenadora do Se Toque, a
enquete ofereceu a oportunidade de compreender um pouco da vida dessas pessoas,
com idade entre 28 e 84 anos, que expuseram um pouco de sua existência. Ela
explica que apesar do avanço das leis protetivas da mulher, a ocorrência diária de casos de
desrespeito gera medo, limitando a vida
de muitas mulheres e de seus filhos; resultando algumas vezes em grandes
tragédias. Por isso, as respostas dessa pequena amostra confirmam o retrato da
sociedade em que vivemos, onde os maiores medos são da violência, de doenças e perda
de familiares. Houve relatos ainda de medos comuns a todos os seres humanos
como solidão, morte, velhice, traição,
escuro, multidão e destruição do mundo.
Com relação ao grande sonho das mulheres, a pesquisa mostrou
que em sua maioria o retrato de desejos básicos são: ter saúde, ter casa própria e ter paz. Poucas pessoas se
referiram a realizações pessoais como viajar, ter um carro, ter um emprego fixo, casar ou aposentar. Outros desejos ainda dizem respeito às
conquistas dos familiares: educação ou emprego para filhos e netos e melhoria
do ambiente onde vivem.
“Em sua maioria os medos e os sonhos relatados na enquete
dizem respeito a questões de políticas públicas do País: a insegurança pública,
a precariedade dos serviços de saúde, o
desemprego a falta de perspectivas e oportunidades para os jovens. São
situações que modelam e direcionam nossas expectativas em relação ao que
queremos ser e ao que conseguiremos alcançar”, relatou Sueli.
Ela lembra ainda que a literatura fala que o medo se forma a
partir de crenças e de situações hipotéticas criadas pelo cérebro mas, no
contexto atual, a realidade tem sido
muito dura e tem limitado a capacidade das pessoas de superar obstáculos. “As limitações não são apenas psicológicas
mas fruto de vivências e sofrimentos enfrentados diariamente em nosso ambiente e muitas vezes até
banalizados pela sociedade”, comentou.
De acordo com a pesquisa, as mulheres não estão buscando
beleza ou prazer, estão apenas tentando sobreviver. Querem apenas viver e proteger suas famílias, ter um
teto, um trabalho, o mínimo de amparo para não terem uma existência limitada. São mulheres que já abriram mão de sonhos
grandiosos é o pouco que lhes resta não pode ser tirado. “Precisamos de uma
sociedade solidária, cooperativa, que permita o desenvolvimento pleno de todos
os seres humanos”, afirmou a coordenadora ressaltando que paralelo
à responsabilidade dos entes públicos há a tarefa de cada indivíduo no sentido
de despertar para um novo olhar, um novo agir visando a mudança de mentalidade
e comportamento para que se possa mudar a cultura bizarra do desrespeito e
produzir gerações mais civilizadas.
quinta-feira, 30 de março de 2017
PRODUTOS TRANSGÊNICOS
Consulta Pública ao PLC 34/2015
O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 34/2015, que retira a obrigação de estampar o símbolo indicando a presença de ingrediente transgênico nos rótulos de produtos alimentares, que atualmente aparece com o símbolo T e alguns detalhes técnicos, está em votação pelo Senado Federal. O projeto, de autoria do deputado Luis Carlos Heinze, flexibiliza a regra para a rotulagem de alimentos que contém Organismos Geneticamente Modificados (OGM). De sua opinião, vote na consulta pública.
FONTE: http://www.cfn.org.br/index.php/consulta-publica-ao-plc-342015/ ACESSO EM 30/03/17 ÀS 19:50H
Inca realiza seminário em comemoração ao Dia Nacional da Saúde e Nutrição
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), por meio da Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer, realizará nesta sexta-feira (31) o seminário técnico A Saúde Está na Mesa: Obesidade, Alimentação e Câncer no Contexto Atual. Destinado a profissionais de diversas áreas de atuação da saúde, o evento acontece na sede do INCA, no Centro do Rio, e vai debater temas relacionados ao impacto da obesidade e da má alimentação na saúde da população.
No seminário, em celebração ao Dia Nacional da Saúde e Nutrição, haverá o lançamento de um vídeo de animação sobre obesidade infantil produzido pela Unidade e que estará disponível no canal do Youtube do Instituto.
Profissionais e estudantes interessados em participar poderão inscrever-se no dia e no local do evento.
Programação
9h30 – 10h | Solenidade de Abertura
10h - 10h30 | Consumo de produtos ultraprocessados e seu impacto na qualidade da dieta e na ocorrência da obesidade na população brasileira
Palestrante: Carlos Augusto Monteiro – Médico, professor titular do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e coordenador científico do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP
10h30 - 11h | Prevenção de Câncer do campo à mesa: compromissos, políticas e ação nas Américas
Palestrante: Fabio da Silva Gomes – Assessor regional de Nutrição e Atividade Física para as Américas - Organização Pan-Americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde
11h - 11h30 | Implicações da obesidade no tratamento e na sobrevida dos pacientes com câncer
Palestrante: Gélcio Luiz Quintella Mendes - Médico oncologista, coordenador de Assistência do INCA
11h30 - 12h | Debate
Moderadora: Rosilene de Lima Pinheiro - Chefe do Serviço de Educação do Instituto Nacional de Câncer e coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia do INCA
12h - 13h | Almoço
13h - 13h30 | Cozinhar vai mudar a sua vida
Palestrante: Rita Lobo – chef, criadora do site Panelinha, apresentadora do Cozinha Prática do GNT
13h30 – 14h | A importância do ambiente na promoção da alimentação saudável
Palestrante: Michele Lessa – Coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição – SAS/ MS
14h - 14h30 | Interesses na área de alimentação e nutrição
Palestrante: Inês Rugani Ribeiro de Castro - Professora associada do Instituto de Nutrição da UERJ e coordenadora do Núcleo de Alimentação e Nutrição em Políticas Públicas - UERJ
14h30 - 15h | Debate
Moderadora: Paula Johns – Diretora-executiva da Aliança de Controle do Tabagismo - ACT+
15h – 15h30 | Lançamento do vídeo sobre obesidade infantil – Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer/Conprev
15h30 – 16h | Encerramento
Fonte: http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2017/03/30/inca-realiza-seminario-em-comemoracao-ao-dia-nacional-da-saude-e-nutricao/ acesso em 30/03/17 às 19:42h
LAMENTO PARA A MULHER
Por que morrem as mulheres?
Para que morrem as mulheres?
Por quem morrem as mulheres?
A destruição da mulher
O castigo da mulher
O fim da mulher
O dono
O amor
O feitor
Por amor
Por pavor
Por dispor
Acabou...
Sueli Dias
UFBA e Abrasco reúnem especialistas no ISC para debater surto de febre amarela no país
Um surto de febre amarela silvestre no Brasil, como há décadas não se registrava, tem chamado a atenção do governo, de profissionais de saúde pública e da sociedade. Para debater o assunto, especialistas de renome nacional se reunirão no auditório do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da UFBA, no dia 07/04, às 9h, no seminário “Febre Amarela: Situação Atual e Dificuldades de Controle”. O evento é promovido pelo ISC, com apoio da Reitoria, e pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), e terá transmissão ao vivo através do link http://aovivo.ufba.br/saude.
Entre dezembro passado e meados do mês de março, pelo menos 162 pessoas morreram vítimas de febre amarela no país, segundo o Ministério da Saúde (MS), que já confirmou 492 casos da doença e ainda investiga outras 1101 notificações. Trezentos e trinta e nove municípios de 17 estados das cinco regiões registraram nesse período 2104 notificações de casos suspeitos da doença (23,4% confirmadas até agora), o que levou o ministério a enviar 18,88 milhões de doses de vacina para serem aplicadas nos municípios considerados de risco.
“É o maior surto de febre amarela no país desde os anos 1980”, afirma a professora e pesquisadora do ISC Maria da Glória Teixeira, que coordena o evento. Ela pondera, contudo, que não se trata de um surto urbano da doença (que é mais grave, do ponto de vista epidemiológico), e sim do chamado surto silvestre, em áreas de floresta, que tem como principais vítimas os macacos. Os dados do MS apontam 387 casos confirmados de febre amarela em macacos (primatas não-humanos), e outros 432 em investigação em todo o Brasil.
As áreas com maior número de vítimas são as regiões norte e leste de Minas Gerais (375 casos confirmados, com 197 mortes) e o centro-sul do Espírito Santo (109 confirmações, com 57 mortes). Dez pessoas no Rio de Janeiro e uma em São Paulo também morreram vítimas da doença.
Na Bahia, 22 casos foram notificados em 15 municípios, mas até agora nenhum foi confirmado: 11 foram descartados, outros 11 seguem em investigação. No dia 29/03, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que foram encontrados quatro macacos mortos por febre amarela em Salvador, nos bairros da Vila Laura, Paripe e Itaigara. O fato levou a Sesab a intensificar a vacinação contra a doença, disponibilizando 2 milhões de doses.
No seminário, Eduardo Hage, do Instituto Sul Americano de Saúde de Governo em Saúde (Isags) abordará a “Situação atual” da doença; Pedro Luis Tauil, da Universidade de Brasília, falará sobre “Aspectos críticos do controle e risco de reurbanização”; Pedro Fernando Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas (do Pará, ligado ao MS) tratará da “Definição de áreas de risco: Vigilância de Epizootias e Diagnóstico Laboratorial”; e Reinaldo de Menezes Martins, do Biomanguinhos/Fiocruz-RJ abordará a “Vacina 17D: Perspectiva de Redução de Efeitos Adversos Graves”.
Silvestre x urbano
Glória Teixeira explica que não se trata de um surto urbano, que tem como vetor de transmissão o mosquito Aedes aegypti (o mesmo que transmite doenças como dengue, zika e chikungunya) e não é registrado no Brasil desde 1942. Trata-se de um surto silvestre, cujos vetores são os mosquitos do tipo Haemagogus e Sabethes, que têm como habitat áreas de mata e florestas. Segundo a pesquisadora, até o momento, a epidemia tem afetado em geral pessoas que adentraram ou vivem muito próximo a zonas de floresta e foram picadas por esses mosquitos.
Ela explica que, embora o vírus seja o mesmo nos dois tipos de surto, a contaminação do vetor urbano, o Aedes aegypti, não é um processo simples e rápido. Primeiro, é preciso que uma pessoa, após ter adquirido a doença em uma zona de mata, seja picada, pouco antes de adoecer ou logo nos primeiros dias da doença, por um mosquito Aedes aegypti. Em seguida, é preciso que parte do ciclo do vírus se processe no organismo desse mosquito (ciclo intrínseco), tornando-o capaz de transmitir o vírus a outras pessoas. “A transmissão da febre amarela não acontece de pessoa para pessoa, nem de macaco para macaco, nem de macaco para pessoa”, lembra Glória. Assim, não há nenhuma indicação de se eliminar macacos. A pesquisadora acredita que a resposta rápida do MS, com a intensificação da vacinação nas áreas de risco, deverá impedir o surto silvestre de se expandir para as áreas urbanas.
Paralelamente, primatólogos (especialistas em macacos e outras espécies de primatas) têm estudado a relação entre o desmatamento de áreas de floresta e os surtos da febre amarela. Uma das principais hipóteses é de que os desmatamentos, ao reduzir o tamanho do habitat natural dos macacos, acabam obrigando-os a concentrar-se em áreas menores. Mais concentrados, eles se tornariam presas mais fáceis para os mosquitos Haemagogus e Sabethes – que por sua vez, também por conta do desmatamento, tendem a encontrar circunstâncias mais propícias para proliferação.
Fonte: https://www.ufba.br/noticias/ufba-e-abrasco-re%C3%BAnem-especialistas-no-isc-para-debater-surto-de-febre-amarela-no-pa%C3%ADs acesso em 30/03/17 às 18:55h
ENCERRAMENTO DO MÊS DA MULHER NO GRUPO SE TOQUE
Em Itabuna, o Grupo Se Toque encerra o mês da mulher fazendo um balanço dos sonhos e medos das mulheres.
É que nas atividades realizadas no Dia Internacional da Mulher foi feita uma enquete durante a Ação Social na Praça Olinto Leoni.
As mulheres foram convidadas a responder qual o seu grande medo, qual o seu grande sonho?
Vamos publicar uma análise dessas respostas.
É que nas atividades realizadas no Dia Internacional da Mulher foi feita uma enquete durante a Ação Social na Praça Olinto Leoni.
As mulheres foram convidadas a responder qual o seu grande medo, qual o seu grande sonho?
Vamos publicar uma análise dessas respostas.
Desigualdade faz mal à saúde
No inverno de 1846, uma epidemia de tifo, doença bacteriana transmitida por pulgas que causa febre alta, delírios e erupções cutâneas, assolava a região da Silésia, norte da Alemanha, provocando a morte de mais de 15 mil pessoas.
Sem saber o que fazer, o governo prussiano enviou ao local uma comitiva chefiada pelo jovem médico polonês Rudolf Virchow. Em 16 dias, ele chegou a uma conclusão: a epidemia era evitável, pois tinha como causas a pobreza, a fome, a corrupção e a desigualdade.
Além de formular leis que funcionavam só no papel, a aristocracia não reconhecia os mineradores de classes mais baixas como seres humanos. “É preciso deixar claro que não é mais uma questão de tratar um ou outro paciente com remédios, comida, moradia e roupas”, escreveu o médico em seu relatório. “Se nós de fato quisermos intervir na Silésia, temos de promover o avanço de toda a população e estimular um esforço comum.”
Naquela época, quando as causas das doenças ainda eram desconhecidas e acabavam sendo atribuídas a miasmas, as ideias de Rudolf Virchow provocaram incômodo.
No verão de 1986, uma doença que causava febre alta, manchas e dores no corpo afetava crianças e adultos na Baixada Fluminense, norte do Rio de Janeiro, naquele que seria o retorno das epidemias de dengue no Brasil.
Trinta e um anos depois, pouco mudou. A dengue se espalhou pelo país e chegou a capitais como São Paulo, onde bairros como a Brasilândia, periferia na zona norte recordista no número de casos na cidade, convivem com ela há pelo menos seis anos.
Há dois, transformou-se em uma nova epidemia: em seu auge, em 2015, foram 3,6 mil casos a cada 100 mil habitantes — para se ter uma ideia, uma doença é considerada epidêmica quando existem mais de 300 casos por 100 mil habitantes em uma região.
Lixões e esgoto a céu aberto, casas coladas umas nas outras, falta de informação sobre como se prevenir e falta de drenagem das águas de chuvas de verão permanecem cenários perfeitos para a proliferação do mosquito, que depois chegou a outros bairros da cidade.
Na Brasilândia, os moradores já não se perguntam se terão dengue, mas quando. E, enquanto a situação permanecer igual àquela da Baixada em 1986, não é exagero dizer que eles têm razão.
“As epidemias não apontam sempre para deficiências da sociedade? Pode-se considerar como causas as condições atmosféricas, as mudanças cósmicas gerais e coisas parecidas, mas em si e por si esses problemas nunca causam epidemias. Elas só podem existir onde, devido a condições sociais de pobreza, o povo viveu durante muito tempo em uma situação anormal”, disse Virchow no século 19, em uma constatação que parece cada vez mais atual.
O médico polonês é tido como um dos pais da medicina social, área que estuda como a estrutura social determina a saúde da população. Se em 1846 Virchow foi considerado revolucionário por apontar a pobreza como determinante de uma epidemia, algo que atualmente é aceito na medicina, os pesquisadores da área enfrentam hoje outro desafio: mostrar como a desigualdade social prejudica a saúde da sociedade toda, não só a dos mais pobres.
“Não adianta você se esconder atrás de muros em condomínios, uma hora as consequências vão chegar”, afirma a pesquisadora da Fiocruz Celia Landmann Szwarcwald. A dengue está aí para mostrar isso. No auge da epidemia em São Paulo, em 2015, o número de casos por 100 mil habitantes chegou a quase 400 no Itaim Bibi, um dos bairros mais ricos da cidade.
Szwarcwald é editora do suplemento A Panorama of Health Inequalities in Brazil (Um Panorama das Desigualdades em Saúde no Brasil), publicado no International Journal for Equity in Health no fim do ano passado. Nele estão reunidas análises realizadas com base na última Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada em 2013.
Um dos resultados que mais chamam a atenção é o de que, embora a saúde do brasileiro tenha melhorado na sua totalidade, ainda existe uma diferença muito grande entre a expectativa de vida de cada região.
Pelas estatísticas, os moradores da região Sudeste, por exemplo, vivem em média cinco anos a mais do que os do Nordeste. Mesmo assim, os habitantes do Sudeste têm vida mais curta que a possível nos países nórdicos, conhecidos pelos bons índices de igualdade social.
O problema, no entanto, não está restrito ao Brasil, mostra outro estudo publicado em fevereiro na revista médica britânica The Lancet. Feita com 1,7 milhão de pessoas de Reino Unido, França, Suíça, Portugal, Itália, EUA e Austrália, a pesquisa mostrou que o risco de morrer antes dos 85 anos é 46% maior entre os mais pobres.
“Embora a saúde dos mais ricos não esteja necessariamente ameaçada, as desigualdades têm um custo alto para a sociedade e para os sistemas de saúde, então, a longo prazo, todos pagam por elas”, diz a epidemiologista Silvia Stringhini, da Universidade de Lausanne, na Suíça, uma das autoras do estudo.
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2017/03/desigualdade-faz-mal-saude.html acesso em 30/03/17 às 12:09h
quarta-feira, 29 de março de 2017
Saiba mais sobre a importância da vacinação oferecida pelo SUS
Olhar seu filho levar aquela picadinha nos primeiros dias de vida parece ser algo nada agradável, não é mesmo? Apesar da angústia dos pais, é importante reforçar que essa é a melhor maneira de prevenir seus filhos contra doenças. E essa proteção está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde – SUS. São oferecidas à população 19 vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. O Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, criado em 1973, disponibiliza mais de 300 milhões de doses de vacinas por ano para os estados e municípios visando à imunização de crianças, adolescentes, adultos e idosos.
A vacina serve para defender dos vírus e bactérias que provocam doenças. Hoje, o Brasil conta com técnicas modernas para produzi-las em sete laboratórios públicos, atendendo a todo o processo de qualidade de produção exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As vacinas podem ser produzidas a partir de organismos enfraquecidos, mortos ou alguns derivados, podendo ser aplicadas por meio de injeção ou por via oral. Quando a pessoa é vacinada, seu corpo detecta a substância e produz uma defesa, os anticorpos, e são esses anticorpos que permanecem no organismo e evitam que a doença ocorra no futuro, que nós chamamos de imunidade.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues, destaca que o Calendário Nacional de Vacinação beneficia a todos e ressalta a importância de procurar um posto de saúde. "Nos postos de saúde os profissionais poderão avaliar quais são as vacinas que estão faltando para completar esquema vacinal e podermos garantir mais saúde para população”, explica. Carla Domingues esclarece também que as pessoas devem ficar atentas à mudança do calendário de vacinação para diminuir a circulação de doenças na população. “É preciso que a população fique atenta às mudanças. Adolescentes e adultos também precisam manter esse documento de vacinação atualizada e em dia", comenta.
Além disso, hoje o Brasil tem 47 Centros de Referências de Imunobiológicos Especiais (Crie). Nesses centros são oferecidas vacinas para pessoas vulneráveis e com condições clínicas especiais, que por motivos imunológicos necessitam ter acesso às vacinas ou esquemas que não são disponibilizados nos postos de saúde, na rotina do PNI. “Esses centros atendem pessoas que necessitam de alguma vacina ou que tenham condições clínicas especiais. Essas pessoas devem receber essas doses nesses centros e não nos postos comuns”, destaca Carla Domingues. Entre essas pessoas estão infectados pelo HIV, imunodepressão, asplenia, transplante, ou por motivo de convívio com pessoas imunodeprimidas, como profissionais de saúde e parentes de imunodeprimidos.
Para aumentar e garantir uma maior proteção aos brasileiros, os Ministérios da Saúde e da Educação firmaram uma parceria com o objetivo de ampliar a vacinação em crianças e adolescentes. As escolas vão atuar junto com as equipes de atenção básica para atualizar a caderneta dos estudantes. “Vacinando esses adolescentes nós vamos evitar que doenças aconteçam e estaremos protegendo nossa população”, fala.
Em 2016, o investimento do Ministério da Saúde na oferta de vacinas foi de R$ 3,9 bilhões um crescimento de 225% na comparação com o ano de 2010, quando foi investido R$ 1,2 bilhão. Para 2017 está previsto um investimento de R$ 3,9 bilhões. Conheça abaixo as vacinas disponíveis e não deixe passar nenhuma vacina!
HEPATITE A – A vacina hepatite A passa a ser disponibilizada para crianças de 15 meses a menores de 5 anos de idade. Antes, a idade máxima era até 2 anos.
TETRA VIRAL (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) – Em 2017, para as crianças, há ampliação da oferta da vacina tetra viral, passando a ser administrada de 15 meses até quatro anos de idade. Antes era administrada na faixa etária de 15 meses a menor de dois anos de idade. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação das crianças com a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) aos 12 meses de idade (primeira dose) e aos 15 meses com a tetra viral (segunda dose com a varicela). Vale reforçar que em países que adotaram esquema de uma dose contra varicela (semelhante ao do Brasil) houve queda acentuada do número total de casos da doença, de hospitalizações e de óbitos a ela relacionados.
HPV – Também será ofertada, a partir de 2017, a vacina HPV para meninos. Desde 2014, a vacina é oferecida para meninas de 9 a 13 anos. Agora, o público-alvo incluirá também meninas de 14 anos. Ainda para este ano, além dos meninos, a vacina também será oferecida para homens de 9 a 26 anos de idade vivendo com HIV e aids, e para imunodeprimidos, como transplantados e pacientes oncológicos. Desde 2015, as mulheres (9 a 26 anos) que vivem com HIV/Aids recebem a vacina.
MENINGOCÓCICA C – O Ministério da Saúde também passou a disponibilizar a vacina meningocócica C (conjugada) para adolescentes de 12 a 13 anos de idade. A faixa etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos crianças e adolescentes de 9 até 13 anos. A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes.
dTpa ADULTO – A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo adulto passa a ser recomendada para as gestantes a partir da 20ª semana de gestação. As mulheres que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, devem receber uma dose de dTpa no puerpério, o mais precoce possível.
TRIPLICE VIRAL (sarampo, caxumba e rubéola) - Outra alteração se deu para a vacina tríplice viral, com a introdução da segunda dose para a população de 20 a 29 anos de idade. Anteriormente, a segunda dose era administrada até os 19 anos de idade.
Fonte: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/52477-saiba-mais-sobre-a-importancia-da-vacinacao-oferecida-pelo-sus acesso em 29/03/17 às 11;30HS
Comunicação e saúde são tema de encontro na Fiocruz
O direito à saúde já é entendido há bastante tempo pela população como um direito básico. Mas de que forma? E como o direito à comunicação impacta nesta percepção? Além disso, como um sistema de mídia formado principalmente por poucas empresas privadas pode fragilizar a noção de saúde pública e do Sistema Único de Saúde (SUS)? Para discutir essas questões, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realiza, no próximo dia 5 de abril, a Pré-Conferência Livre de Comunicação e Saúde. O encontro – gratuito e aberto ao público externo – é uma preparação para I Conferência Nacional Livre de Comunicação em Saúde, que acontece de 18 a 20 de abril, em Brasília.
Pensando na importância da comunicação para a saúde e a disputa de ideias na sociedade, o documento preparatório da 15ª Conferência Nacional de Saúde defende a "democratização dos meios de comunicação – que reafirme o caráter público e a melhoria da regulação democrática das redes de internet, televisão, rádio e jornais". Assim, a ideia é pensar como a ausência de um marco regulatório atualizado das comunicações no Brasil e de mecanismos de controle social prejudica não só o acesso a informações de qualidade sobre o SUS, mas a própria democracia.
O SUS prevê, para seu funcionamento, mecanismos de controle social, sendo os principais deles o Conselho Nacional de Saúde e as conferências nacionais de saúde. Elas foram instituídas em 1937, no primeiro governo de Getúlio Vargas, e a primeira foi realizada em 1941. Desde então, já aconteceram 15 conferências nacionais. Com relação à comunicação, a situação é bem diferente: até o momento, apenas uma conferência foi convocada, em 2009, e as mais de 600 resoluções não se tornaram políticas públicas.
O documento de referência do encontro e outros materiais sobre o tema estão disponíveis em: www.pensesus.fiocruz.br/preconferencia http://www.blog.saude.gov.br/index.php/cursos-e-eventos/52464-comunicacao-e-saude-sao-tema-de-encontro-na-fiocruz acesso em 29/03/17 às 11:26hs
terça-feira, 28 de março de 2017
Danoninho de Inhame: receita natural, saudável e fácil
Ingredientes:
- 2 inhames
- 1 fruta madura (nesse usei manga mas você pode usar goiaba, morango, frutas vermelhas, maracujá doce)
Modo de preparo:
- Descasque e cozinhe o inhame
- Bata a manga e o inhame no liquidificador e se necessário adicione água
- Coloque para gelar e tá prontinho!
Fonte: http://www.minhavida.com.br/receitas/materias/30647-danoninho-de-inhame-receita-natural-saudavel-e-facil?utm_source=news_mv&utm_medium=alimentacao&utm_campaign=4988609 acesso em 28/03/17 às 12:18h
Falando sobre o câncer do colo do útero
No dia 08 de dezembro a revista Marie Claire em parceria com o Laboratório Roche realizou na Casa do Saber, em São Paulo, um bate-papo com a oncologista Daniela Freitas do Hospital Sírio Libanês e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo para falar sobre o câncer do colo do útero. A conversa foi mediada pela jornalista Astrid Fontenelle e foi refleta de muita informação importante sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.
O evento é uma das ações da campanha Força Amiga, apoiado pelo Instituto Oncoguia, que estimula a troca de informações sobre o assunto e que realiza diferentes esforços para informar a população sobre o câncer do colo do útero.
Durante o bate-papo, a campanha lançou um vídeo que reforça os 6 atitudes importantes que fortalecem a luta contra o câncer do colo do útero:
O evento é uma das ações da campanha Força Amiga, apoiado pelo Instituto Oncoguia, que estimula a troca de informações sobre o assunto e que realiza diferentes esforços para informar a população sobre o câncer do colo do útero.
Durante o bate-papo, a campanha lançou um vídeo que reforça os 6 atitudes importantes que fortalecem a luta contra o câncer do colo do útero:
- Previna-se.
- Vá ao médico.
- Conheça os sintomas.
- Exija tratamento adequado.
- Apoie quem tem a doença.
- E espalhe o assunto.
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/falando-sobre-o-cancer-do-colo-do-utero/10162/8/ acesso em 28/03/17 às 09:59hs
INCA de Portas Abertas abre inscrições para nova edição
Estão abertas as inscrições para a 6ª edição do INCA de Portas Abertas, no próximo dia 26 de abril, das 8h30 às 12h30. O evento ocorre anualmente desde 2012 e o objetivo é divulgar – entre alunos de graduação de vários estados – ações de ensino, pesquisa e assistência desenvolvidas pelo Instituto, reforçando a necessidade da promoção, prevenção e detecção precoce no controle do câncer no Brasil.
O INCA de Portas Abertas é avaliado pelos próprios participantes. A edição do ano passado foi definida como ótima por 62% dos graduandos. O INCA já recebeu posteriormente alguns participantes como alunos dos programas de residência do INCA. Eles disseram ter se interessado pela oncologia após o evento. Também há alunos oriundos da Região Norte, o que demonstra o amplo alcance da ação.
As inscrições podem ser feitas no hot site do evento.
Fonte: INCA http://www.blog.saude.gov.br/index.php/cursos-e-eventos/52465-inca-de-portas-abertas-abre-inscricoes-para-nova-edicao
segunda-feira, 27 de março de 2017
Opine no Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica para Dependência à Nicotina
Profissionais de saúde, gestores e a sociedade em geral têm até o dia 11 de abril para manifestar sua opinião, fazer críticas e dar sugestões para a Proposta de Escopo de Revisão e Atualização do Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica para Dependência à Nicotina. A participação deve ser feita por meio da enquete no site da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia ao SUS (Conitec) ou pelo aplicativo nas versões disponíveis para download nas versões Android e IOS.
As ações para promover a cessação do tabagismo têm como objetivo motivar fumantes a deixarem de fumar e aumentar o acesso dos tabagistas a métodos eficazes para tratamento da dependência à nicotina. Essas ações são parte integrante do Programa Nacional de Controle do Tabagismo desde 1996.
Em 2016, o INCA assumiu o compromisso de elaboração de um novo protocolo que desse suporte ao tratamento do tabagismo no País, junto à Subcomissão Técnica de Avaliação de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, da Conitec.
Foi constituído um Comitê para elaboração do Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica para Dependência à Nicotina, por representantes de diferentes órgãos governamentais e não-governamentais envolvidos diretamente com o controle do tabaco e mais especificamente com o tratamento do tabagismo.
Este grupo fez uma proposta de escopo do PCDT, a primeira etapa no processo de elaboração de um protocolo clínico baseado em evidências científicas. É esse escopo que está sendo submetido à enquete.
As enquetes da Conitec visam a dar maior publicidade e transparência ao trabalho de elaboração de PCDT desenvolvido pela Comissão.
Fonte: INCA http://www.blog.saude.gov.br/index.php/servicos/52457-revisao-e-atualizacao-do-protocolo-clinico-e-diretriz-terapeutica-para-dependencia-a-nicotina acesso em 27/03/17 às 09:24h
sábado, 25 de março de 2017
7 Tópicos sobre Câncer em adultos jovens que você precisa saber
Levantamento do Inca divulgado recentemente mostra que o câncer é a segunda maior causa de morte de adolescentes e adultos jovens (de 15 a 29 anos) no país. O estudo revela que o câncer perde apenas para "causas externas, como acidentes e mortes violentas e que, entre 2009 e 2013, 17,5 mil jovens brasileiros morreram por causa da doença”. A pesquisa aponta, ainda, que "o tipo mais comum de câncer nessa faixa etária é o carcinoma, com 34%, cuja localização mais frequente é no colo do útero. Mas o câncer de colo de útero é evitável usando camisinha, já que ele está diretamente ligado à infecção pelo vírus HPV, cuja transmissão se dá, principalmente, pelo sexo”.
Abaixo, o oncologista dr. Roberto de Almeida Gil, da Oncoclínica (RJ), esclarece alguns pontos sobre esse tipo de câncer em adolescentes e jovens adultos, explicando, ainda, questões como prevenção, a relação entre a doença, a obesidade e as DSTs, além citar os tipos mais comuns entre esse público.
1 - "Desmitificando o câncer:
O câncer é o mal do final do século XX e do início do século XXI. É importante observar que houve um grande aumento na taxa de cura das neoplasias malignas. Além disso, houve um aumento da prevalência da doença, isto e, muitas pessoas com câncer continuam tendo uma vida produtiva e ativa durante muitos anos. Artistas como Ana Maria Braga e Gianechini,, que tornam públicas suas historias de doença, tratamento e cura, ajudam a desmistificar a relação entre câncer e morte. E tudo isso ajuda no enfrentamento da doença. Ao mesmo tempo, o câncer se torna objeto de especulação. Na internet, há muitas informações sem embasamento científico. É preciso cuidado para filtrar informações. A pílula do câncer (fosfoetanolamida) é um ótimo exemplo. O tema ganhou repercussão nacional, gerando muitas dúvidas e crenças da cura do câncer. No entanto, hoje, estudos científicos sérios não demonstraram, até o momento, desempenho relevante. A internet é um terreno livre e suas informações devem ser utilizadas com cautela.
2 - Prevenção do câncer em jovens:
Em primeiro lugar, é importante que as pessoas conheçam a sua história familiar, já que o câncer hereditário se manifesta predominantemente em pacientes com menos de 50 anos. Mas não é só isso. No mundo contemporâneo, estamos expostos a muitos agentes químicos, físicos e biológicos que causam a doença. Bons hábitos alimentares, exercícios físicos, não fumar, controlar a ingestão de bebidas alcoólicas, usar preservativos, cuidar da exposição ao sol e manter hábitos sexuais saudáveis são atitudes que podem prevenir o desenvolvimento do câncer. Por isso, as escolhas de comportamento feitas na juventude implicaram na melhor qualidade do envelhecimento. Muitas pessoas de 80 anos têm qualidade de vida altíssima.
Vale ressaltar, ainda, a vacinação contra o HPV e contra a Hepatite B (causadora de carcinoma hepatocelular) como avanços médicos tecnológicos de relevante valor na prevenção do câncer.
3 - Tipos de câncer mais comuns entre jovens:
Costumamos associar o câncer a pessoas idosas. Entretanto, o câncer representa a segunda causa de mortalidade entre os 15 e 29 anos, atrás apenas de mortes por causas externas (violência). O câncer esporádico (não hereditário) ocorre frequentemente após os 50 anos, por acúmulo de mutações que se perpetuam no nosso código genético por falha nos nossos mecanismos de qualidade genética. E estes acompanham o envelhecimento de todo o corpo. O detalhe é que isso também pode ocorrer entre os jovens. Muitos deles têm cânceres de natureza hereditária, isto é, já nascem com defeitos genéticos que podem levar ao desenvolvimento da doença. Quando pensamos no câncer da juventude, lembramos sempre de sarcomas (tumores do tecido conjuntivo), tumores hematológicos (linfomas e leucemias) e tumores cerebrais. As estatísticas mostram também alta incidência de carcinomas (tumores epiteliais). No Brasil, particularmente no Norte e Nordeste, o câncer de colo uterino acomete pacientes jovens. No Inca, por exemplo, há frequentemente pacientes jovens com tumores de estomago e de intestino em pacientes sem historia familiar de câncer. A iniciação precoce do tabagismo também contribui no surgimento do câncer de pulmão em pacientes antes dos 50 anos.
4 - Sobrepeso e obesidade X risco de desenvolver câncer:
O sobrepeso e a obesidade estão relacionados aos seguintes tipos de câncer: intestino, endométrio (útero), próstata, pâncreas, mama, entre outros. Hábitos importantes como o combate ao sedentarismo e a redução do consumo de alimentos industrializados e embutidos são essenciais para diminuir os riscos do surgimento da doença.
5 - Câncer X DST
Quando falamos em câncer, nem sempre é possível determinar o fator causal. No entanto, no câncer de colo uterino, o vírus do HPV é a principal causa de seu desenvolvimento. Há 40 tipos de vírus HPV, mas os tipos 16 e 18 são as principais cepas carcinogênicas. Para que esse tipo de câncer surja, há outros fatores associados, como baixa imunidade, tabagismo, múltiplos parceiros sexuais. Embora seja considerada doença sexualmente transmitida (DST), a contaminação pode acontecer por contato sexual sem que haja, necessariamente, penetração. E isso ocorre diferentemente do HIV, que é transmitido pelo sangue e pelo esperma e, portanto, tem na camisinha uma grande garantia de proteção. No caso do HPV, isso é mais complicado, visto que o contato com a genitália já pode transmitir o vírus. Mesmo assim, recomendação é sempre o seu uso.
6 - Câncer X Mulheres jovens X HPV
Estudos mostram que cerca de 80% das mulheres em todo o mundo já tiveram contato com o HPV em algum momento da vida, mas nem todas desenvolvem a infecção. Na verdade, na maior parte das vezes, isso não acontece. Algumas mulheres apresentam sintomas da infecção, com lesões inicialmente benignas, mas que, se não tratadas, podem evoluir para o câncer. Outras mulheres portadoras do vírus não manifestam sintomas da doença. O vírus pode permanecer em latência durante muitos anos e se manifestar tardiamente. O câncer de colo uterino já foi o principal em incidência no país, no entanto, ações de saúde pública reduziram a sua frequência. Mesmo assim, ainda ocorre em muito maior escala do que nos países desenvolvidos. Em mulheres, o HPV pode ocorrer na vagina, na vulva, na região perineal e no anus. Em homens, pode ser encontrado no pênis, na região perineal e no anus.
Outro dado importante que precisa ser falado é que o câncer de colo uterino não é sempre fatal. Ele tem uma chance muito grande de cura, quando diagnosticado em estágios iniciais. O Papanicolau (exame preventivo feito em mulheres) descobre infecções que, uma vez combatidas em fase inicial, permitem o tratamento muito efetivo. Por isso, as mulheres devem fazê-lo regularmente.
7 - Prevenção do Câncer X Vacinação
O câncer de colo uterino é tratado via cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O tratamento depende do estágio da doença, sendo as taxas de cura maiores quando diagnosticado em fases iniciais, o que reforça a necessidade de exame ginecológico periódico. Uma grande arma da medicina moderna foi o desenvolvimento da vacina contra o HPV. Existem dois tipos de vacina no mercado. As bi valentes e as tetra valentes. Inicialmente, o governo disponibilizou a vacina para meninas de forma gratuita. Entretanto, com a percepção de que o vírus do HPV também causa câncer de orofaringe, os meninos também estão sendo vacinados na rede pública.
Assim, a partir de 2017, o Ministério da Saúde determinou que a agenda de vacinação inclua meninos de 10 a 12 anos e meninas de 9 a 14 anos. Acima desta faixa etária, a vacinação também pode trazer benefícios, embora não ainda não esteja sendo disponibilizada na rede pública”, finaliza dr. Roberto Dr. Gil da Oncoclínica (RJ).
Fonte: RPM Comunicação http://www.oncoguia.org.br/conteudo/7-topicos-sobre-cancer-em-adultos-jovens-que-voce-precisa-saber/10492/7/ acesso em 25/03/17 às 15:41h
Abaixo, o oncologista dr. Roberto de Almeida Gil, da Oncoclínica (RJ), esclarece alguns pontos sobre esse tipo de câncer em adolescentes e jovens adultos, explicando, ainda, questões como prevenção, a relação entre a doença, a obesidade e as DSTs, além citar os tipos mais comuns entre esse público.
1 - "Desmitificando o câncer:
O câncer é o mal do final do século XX e do início do século XXI. É importante observar que houve um grande aumento na taxa de cura das neoplasias malignas. Além disso, houve um aumento da prevalência da doença, isto e, muitas pessoas com câncer continuam tendo uma vida produtiva e ativa durante muitos anos. Artistas como Ana Maria Braga e Gianechini,, que tornam públicas suas historias de doença, tratamento e cura, ajudam a desmistificar a relação entre câncer e morte. E tudo isso ajuda no enfrentamento da doença. Ao mesmo tempo, o câncer se torna objeto de especulação. Na internet, há muitas informações sem embasamento científico. É preciso cuidado para filtrar informações. A pílula do câncer (fosfoetanolamida) é um ótimo exemplo. O tema ganhou repercussão nacional, gerando muitas dúvidas e crenças da cura do câncer. No entanto, hoje, estudos científicos sérios não demonstraram, até o momento, desempenho relevante. A internet é um terreno livre e suas informações devem ser utilizadas com cautela.
2 - Prevenção do câncer em jovens:
Em primeiro lugar, é importante que as pessoas conheçam a sua história familiar, já que o câncer hereditário se manifesta predominantemente em pacientes com menos de 50 anos. Mas não é só isso. No mundo contemporâneo, estamos expostos a muitos agentes químicos, físicos e biológicos que causam a doença. Bons hábitos alimentares, exercícios físicos, não fumar, controlar a ingestão de bebidas alcoólicas, usar preservativos, cuidar da exposição ao sol e manter hábitos sexuais saudáveis são atitudes que podem prevenir o desenvolvimento do câncer. Por isso, as escolhas de comportamento feitas na juventude implicaram na melhor qualidade do envelhecimento. Muitas pessoas de 80 anos têm qualidade de vida altíssima.
Vale ressaltar, ainda, a vacinação contra o HPV e contra a Hepatite B (causadora de carcinoma hepatocelular) como avanços médicos tecnológicos de relevante valor na prevenção do câncer.
3 - Tipos de câncer mais comuns entre jovens:
Costumamos associar o câncer a pessoas idosas. Entretanto, o câncer representa a segunda causa de mortalidade entre os 15 e 29 anos, atrás apenas de mortes por causas externas (violência). O câncer esporádico (não hereditário) ocorre frequentemente após os 50 anos, por acúmulo de mutações que se perpetuam no nosso código genético por falha nos nossos mecanismos de qualidade genética. E estes acompanham o envelhecimento de todo o corpo. O detalhe é que isso também pode ocorrer entre os jovens. Muitos deles têm cânceres de natureza hereditária, isto é, já nascem com defeitos genéticos que podem levar ao desenvolvimento da doença. Quando pensamos no câncer da juventude, lembramos sempre de sarcomas (tumores do tecido conjuntivo), tumores hematológicos (linfomas e leucemias) e tumores cerebrais. As estatísticas mostram também alta incidência de carcinomas (tumores epiteliais). No Brasil, particularmente no Norte e Nordeste, o câncer de colo uterino acomete pacientes jovens. No Inca, por exemplo, há frequentemente pacientes jovens com tumores de estomago e de intestino em pacientes sem historia familiar de câncer. A iniciação precoce do tabagismo também contribui no surgimento do câncer de pulmão em pacientes antes dos 50 anos.
4 - Sobrepeso e obesidade X risco de desenvolver câncer:
O sobrepeso e a obesidade estão relacionados aos seguintes tipos de câncer: intestino, endométrio (útero), próstata, pâncreas, mama, entre outros. Hábitos importantes como o combate ao sedentarismo e a redução do consumo de alimentos industrializados e embutidos são essenciais para diminuir os riscos do surgimento da doença.
5 - Câncer X DST
Quando falamos em câncer, nem sempre é possível determinar o fator causal. No entanto, no câncer de colo uterino, o vírus do HPV é a principal causa de seu desenvolvimento. Há 40 tipos de vírus HPV, mas os tipos 16 e 18 são as principais cepas carcinogênicas. Para que esse tipo de câncer surja, há outros fatores associados, como baixa imunidade, tabagismo, múltiplos parceiros sexuais. Embora seja considerada doença sexualmente transmitida (DST), a contaminação pode acontecer por contato sexual sem que haja, necessariamente, penetração. E isso ocorre diferentemente do HIV, que é transmitido pelo sangue e pelo esperma e, portanto, tem na camisinha uma grande garantia de proteção. No caso do HPV, isso é mais complicado, visto que o contato com a genitália já pode transmitir o vírus. Mesmo assim, recomendação é sempre o seu uso.
6 - Câncer X Mulheres jovens X HPV
Estudos mostram que cerca de 80% das mulheres em todo o mundo já tiveram contato com o HPV em algum momento da vida, mas nem todas desenvolvem a infecção. Na verdade, na maior parte das vezes, isso não acontece. Algumas mulheres apresentam sintomas da infecção, com lesões inicialmente benignas, mas que, se não tratadas, podem evoluir para o câncer. Outras mulheres portadoras do vírus não manifestam sintomas da doença. O vírus pode permanecer em latência durante muitos anos e se manifestar tardiamente. O câncer de colo uterino já foi o principal em incidência no país, no entanto, ações de saúde pública reduziram a sua frequência. Mesmo assim, ainda ocorre em muito maior escala do que nos países desenvolvidos. Em mulheres, o HPV pode ocorrer na vagina, na vulva, na região perineal e no anus. Em homens, pode ser encontrado no pênis, na região perineal e no anus.
Outro dado importante que precisa ser falado é que o câncer de colo uterino não é sempre fatal. Ele tem uma chance muito grande de cura, quando diagnosticado em estágios iniciais. O Papanicolau (exame preventivo feito em mulheres) descobre infecções que, uma vez combatidas em fase inicial, permitem o tratamento muito efetivo. Por isso, as mulheres devem fazê-lo regularmente.
7 - Prevenção do Câncer X Vacinação
O câncer de colo uterino é tratado via cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O tratamento depende do estágio da doença, sendo as taxas de cura maiores quando diagnosticado em fases iniciais, o que reforça a necessidade de exame ginecológico periódico. Uma grande arma da medicina moderna foi o desenvolvimento da vacina contra o HPV. Existem dois tipos de vacina no mercado. As bi valentes e as tetra valentes. Inicialmente, o governo disponibilizou a vacina para meninas de forma gratuita. Entretanto, com a percepção de que o vírus do HPV também causa câncer de orofaringe, os meninos também estão sendo vacinados na rede pública.
Assim, a partir de 2017, o Ministério da Saúde determinou que a agenda de vacinação inclua meninos de 10 a 12 anos e meninas de 9 a 14 anos. Acima desta faixa etária, a vacinação também pode trazer benefícios, embora não ainda não esteja sendo disponibilizada na rede pública”, finaliza dr. Roberto Dr. Gil da Oncoclínica (RJ).
Fonte: RPM Comunicação http://www.oncoguia.org.br/conteudo/7-topicos-sobre-cancer-em-adultos-jovens-que-voce-precisa-saber/10492/7/ acesso em 25/03/17 às 15:41h
Encontro Latino-Americano sobre saúde de populações vulneráveis
O Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) promovem, nos dias 27 e 28 de março, o I Encontro Latino-Americano de Políticas de Promoção da Equidade em Saúde: Populações Vulneráveis e Gestão Participativa. O evento que acontece na sede da Opas, em Brasília, contará com a participação de gestores e profissionais de saúde do Brasil e de outros 12 países da América Latina: Argentina, Chile, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, México, Paraguai, Peru e Panamá.
O objetivo do Encontro é identificar práticas inovadoras e promover a troca de experiências entre países latino-americanos para fortalecer políticas e programas de saúde voltados às populações em situação de vulnerabilidade, como população negra, populações do campo, da floresta e das águas, LGBT, em situação de rua, ciganos e migrantes.
O evento é somente para convidados, mas os interessados no tema poderão acompanhá-lo pela internet. O Encontro será transmitido em tempo real nos dias 27 e 28 de março a partir das 9h pelo link: http://datasus.saude.gov.br/emtemporeal, acessível somente pelo navegador Internet Explorer.
Além da apresentação das experiências dos países convidados, a programação inclui também dois painéis para discussão de temas específicos.
No primeiro dia, o painel ‘Determinantes Sociais, Equidade e Sistemas Nacionais de Saúde da América Latina’ discutirá os desafios para a efetivação do direito à saúde em contexto internacional. Já no segundo dia, o painel ‘Panorama e Perspectiva de cooperação entre poder Executivo e Legislativo’, contará com representantes da Câmara dos Deputados e do Parlamento Latino-americano (Parlatino) para debater os avanços e desafios nos direitos sociais das populações em situação de iniquidade e vulnerabilidade em saúde.
Confira aqui a programação completa do I Encontro Latino-Americano de Políticas de Promoção de Equidade em Saúde.
Fonte: Aedê Cadaxa, Ministério da Saúde http://www.blog.saude.gov.br/index.php/cursos-e-eventos/52454-ms-e-opas-promovem-encontro-latina-americano-sobre-saude-de-populacoes-vulneraveis acesso em 25/03/17 às 15:38h
quinta-feira, 23 de março de 2017
Obesidade, alimentação e câncer são temas de debate em evento no INCA
Uma em cada três crianças de 5 a 9 anos, e um em cada cinco adolescentes de 10 a 19 anos apresentam excesso de peso. A infância e a adolescência são períodos críticos do desenvolvimento em que, além da formação de hábitos de vida, a exposição a determinados fatores de risco pode afetar a estrutura ou a função de órgãos, tecidos ou sistema corporal, comprometendo a saúde na fase adulta.
Dados como esses levaram o INCA a aproveitar a celebração do Dia Nacional da Saúde e Nutrição, 31 de março, para organizar um evento que também discuta o problema da obesidade na infância e na adolescência. O seminário A Saúde Está na Mesa: Obesidade, Alimentação e Câncer no Contexto Atual reúne respeitados profissionais de saúde e celebridades que abordam a alimentação saudável na TV e nas mídias sociais. Por exemplo, da TV, o evento terá a participação da apresentadora do canal fechado GNT, a chef Rita Lobo; da política para a promoção da alimentação saudável, o assessor regional de Nutrição e Atividades Física para as Américas da Organização Pan-Americana de Saúde, o nutricionista Fabio da Silva Gomes. No seminário, haverá o lançamento de um vídeo de animação (40') sobre obesidade infantil produzido pela Unidade Técnica de Alimentação Nutrição e Câncer do INCA, que completa 10 anos. O vídeo estará disponível no canal do Youtube do Instituto.
O evento ocorre depois que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Década de Ação sobre Nutrição os anos de 2016 a 2025, e convidou governos e sociedade civil organizada para desenvolverem ações que revertam a tendência crescente de excesso de peso corporal em todos os grupos etários.
Sabe-se que quanto maior o índice de massa corporal (IMC) na infância e na adolescência, maior o risco de câncer e/ou de obesidade na fase adulta, que, no Brasil, mostra o excesso de peso corporal associado fortemente ao risco de desenvolver mais de 13 tipos de câncer, como o de esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (em mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo e possivelmente próstata (avançado), mama (homens) e linfoma difuso de grandes células.
Publicações abalizadas por instituições como a Organização Mundial da Saúde, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e o Fundo Mundial para Pesquisa em Câncer concluem que os fatores mais importantes para o aumento do excesso de peso, assim como das doenças crônicas não transmissíveis relacionadas, são o elevado consumo de alimentos e preparações com alto teor de gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal, como lanches e fast foods salgados ou açucarados; o consumo rotineiro de bebidas açucaradas e a prática insuficiente de atividade física.
Resultados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 também acendem um alerta vermelho em relação ao padrão de consumo alimentar das crianças: revelam que a cada 10 crianças menores de 2 anos cerca de três já tomaram refrigerantes ou suco artificial, três consumiram doce, bala ou outros alimentos com açúcar e seis comeram biscoitos, bolachas ou bolos. E é o consumo alimentar em idade precoce que define os padrões de consumo ao longo da vida.
Não por acaso, o público infantil é o principal alvo das propagandas de alimentos, que adicionam o "brilho emocional", os brinquedos, os personagens favoritos, o entretenimento para chamar a atenção das crianças e estimular o consumo permanente de certos produtos.
As inscrições ocorrerão no dia e no local do evento e haverá transmissão ao vivo via Rede Rute.
Veja abaixo a programação completa do seminário:
Programação Detalhada
9h – 9h30 | Credenciamento (entrega do material educativo) e welcome-coffee
9h30 – 10h | Solenidade de Abertura
10h - 10h30 | Consumo de produtos ultraprocessados e seu impacto na qualidade da dieta e na ocorrência da obesidade na população brasileira
Palestrante: Carlos Augusto Monteiro – Médico, professor titular do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e coordenador científico do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP
10h30 - 11h | Prevenção de Câncer do campo à mesa: compromissos, políticas e ação nas Américas
Palestrante: Fabio da Silva Gomes – Assessor regional de Nutrição e Atividade Física para as Américas - Organização Pan-Americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde
11h - 11h30 | Implicações da obesidade no tratamento e na sobrevida dos pacientes com câncer
Palestrante: Gélcio Luiz Quintella Mendes - Médico oncologista, coordenador de Assistência e vice-diretor do INCA
11h30 - 12h | Debate
Moderadora: Rosilene de Lima Pinheiro - Chefe do Serviço de Educação do Instituto Nacional de Câncer e coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia do INCA
12h - 13h | Almoço
13h - 13h30 | Cozinhar vai mudar a sua vida
Palestrante: Rita Lobo – chef, criadora do site Panelinha, apresentadora do Cozinha Prática do GNT
13h30 – 14h | A importância do ambiente na promoção da alimentação saudável
Palestrante: Michele Lessa – Coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição – SAS/ MS
14h - 14h30 | Interesses na área de alimentação e nutrição
Palestrante: Inês Rugani Ribeiro de Castro - Professora associada do Instituto de Nutrição da UERJ e coordenadora do Núcleo de Alimentação e Nutrição em Políticas Públicas - UERJ
14h30 - 15h | Debate
Moderadora: Paula Johns – Diretora-executiva da Aliança de Controle do Tabagismo - ACT+
15h – 15h30 | Lançamento do vídeo sobre obesidade infantil – Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer/Conprev
15h30 – 16h | Encerramento
16h – 16h30 | Coffee break
Fonte: INCA http://www.oncoguia.org.br/conteudo/obesidade-alimentacao-e-cancer-sao-temas-de-debate-em-evento-no-inca/10489/7/ acesso em 23/03/17 às 16:13h
Dados como esses levaram o INCA a aproveitar a celebração do Dia Nacional da Saúde e Nutrição, 31 de março, para organizar um evento que também discuta o problema da obesidade na infância e na adolescência. O seminário A Saúde Está na Mesa: Obesidade, Alimentação e Câncer no Contexto Atual reúne respeitados profissionais de saúde e celebridades que abordam a alimentação saudável na TV e nas mídias sociais. Por exemplo, da TV, o evento terá a participação da apresentadora do canal fechado GNT, a chef Rita Lobo; da política para a promoção da alimentação saudável, o assessor regional de Nutrição e Atividades Física para as Américas da Organização Pan-Americana de Saúde, o nutricionista Fabio da Silva Gomes. No seminário, haverá o lançamento de um vídeo de animação (40') sobre obesidade infantil produzido pela Unidade Técnica de Alimentação Nutrição e Câncer do INCA, que completa 10 anos. O vídeo estará disponível no canal do Youtube do Instituto.
O evento ocorre depois que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Década de Ação sobre Nutrição os anos de 2016 a 2025, e convidou governos e sociedade civil organizada para desenvolverem ações que revertam a tendência crescente de excesso de peso corporal em todos os grupos etários.
Sabe-se que quanto maior o índice de massa corporal (IMC) na infância e na adolescência, maior o risco de câncer e/ou de obesidade na fase adulta, que, no Brasil, mostra o excesso de peso corporal associado fortemente ao risco de desenvolver mais de 13 tipos de câncer, como o de esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (em mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo e possivelmente próstata (avançado), mama (homens) e linfoma difuso de grandes células.
Publicações abalizadas por instituições como a Organização Mundial da Saúde, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e o Fundo Mundial para Pesquisa em Câncer concluem que os fatores mais importantes para o aumento do excesso de peso, assim como das doenças crônicas não transmissíveis relacionadas, são o elevado consumo de alimentos e preparações com alto teor de gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal, como lanches e fast foods salgados ou açucarados; o consumo rotineiro de bebidas açucaradas e a prática insuficiente de atividade física.
Resultados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 também acendem um alerta vermelho em relação ao padrão de consumo alimentar das crianças: revelam que a cada 10 crianças menores de 2 anos cerca de três já tomaram refrigerantes ou suco artificial, três consumiram doce, bala ou outros alimentos com açúcar e seis comeram biscoitos, bolachas ou bolos. E é o consumo alimentar em idade precoce que define os padrões de consumo ao longo da vida.
Não por acaso, o público infantil é o principal alvo das propagandas de alimentos, que adicionam o "brilho emocional", os brinquedos, os personagens favoritos, o entretenimento para chamar a atenção das crianças e estimular o consumo permanente de certos produtos.
As inscrições ocorrerão no dia e no local do evento e haverá transmissão ao vivo via Rede Rute.
Veja abaixo a programação completa do seminário:
- Horário: 9h -16h30
- Convidados: 220
- Mesa de abertura
- Local: Auditório Moacyr Santos Silva, no Prédio-sede do INCA
- Lançamentos: Vídeo sobre obesidade infantil.
- Exposição de produtores orgânicos
Programação Detalhada
9h – 9h30 | Credenciamento (entrega do material educativo) e welcome-coffee
9h30 – 10h | Solenidade de Abertura
10h - 10h30 | Consumo de produtos ultraprocessados e seu impacto na qualidade da dieta e na ocorrência da obesidade na população brasileira
Palestrante: Carlos Augusto Monteiro – Médico, professor titular do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e coordenador científico do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP
10h30 - 11h | Prevenção de Câncer do campo à mesa: compromissos, políticas e ação nas Américas
Palestrante: Fabio da Silva Gomes – Assessor regional de Nutrição e Atividade Física para as Américas - Organização Pan-Americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde
11h - 11h30 | Implicações da obesidade no tratamento e na sobrevida dos pacientes com câncer
Palestrante: Gélcio Luiz Quintella Mendes - Médico oncologista, coordenador de Assistência e vice-diretor do INCA
11h30 - 12h | Debate
Moderadora: Rosilene de Lima Pinheiro - Chefe do Serviço de Educação do Instituto Nacional de Câncer e coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia do INCA
12h - 13h | Almoço
13h - 13h30 | Cozinhar vai mudar a sua vida
Palestrante: Rita Lobo – chef, criadora do site Panelinha, apresentadora do Cozinha Prática do GNT
13h30 – 14h | A importância do ambiente na promoção da alimentação saudável
Palestrante: Michele Lessa – Coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição – SAS/ MS
14h - 14h30 | Interesses na área de alimentação e nutrição
Palestrante: Inês Rugani Ribeiro de Castro - Professora associada do Instituto de Nutrição da UERJ e coordenadora do Núcleo de Alimentação e Nutrição em Políticas Públicas - UERJ
14h30 - 15h | Debate
Moderadora: Paula Johns – Diretora-executiva da Aliança de Controle do Tabagismo - ACT+
15h – 15h30 | Lançamento do vídeo sobre obesidade infantil – Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer/Conprev
15h30 – 16h | Encerramento
16h – 16h30 | Coffee break
Fonte: INCA http://www.oncoguia.org.br/conteudo/obesidade-alimentacao-e-cancer-sao-temas-de-debate-em-evento-no-inca/10489/7/ acesso em 23/03/17 às 16:13h
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